sexta-feira, 27 de agosto de 2010

Renuncia de Simão Sabrosa


Hoje veio a público a notícia de que Simão Sabrosa renunciou à selecção portuguesa de futebol. Alegadamente por motivos pessoais e para dar lugar aos mais jovens. Mas o maior problema quase de certeza que foi a instabilidade que se vive neste momento na nossa selecção, depois de um Mundial desastroso e de todas as questões pós-Mundial que resultaram em processos a Carlos Queiroz, discussões dentro do balneário e uma enorme indecisão sobre o que fazer. Esta é a "cereja no topo do bolo". Mas um bolo estragado e que sabe mal.

Simão é um grande jogador. É certo que já não está no auge mas é um símbolo da selecção de todos nós e falta de garra nunca lhe faltou. Baixinho, técnico e nada egoísta em campo, Simão sempre foi um exemplo do que deve ser um jogador dentro de uma selecção nacional. Chegou a ser capitão e merecidamente. Aliás, devo dizer que nunca percebi o porquê de Ronaldo ter sido o capitão no Mundial com jogadores como Ricardo Carvalho, Simão ou Bruno Alves na equipa. Enfim, invenções do seleccionador Queiroz. Estreou-se em 1998 pela selecção A com Israel, jogo em que marcou um golo mas não conseguiu agarrar o lugar e em 2000 não foi convocado. Em 2002 seria presença certa mas lesionou-se e apenas em 2004 pôde dar o seu contributo numa grande competição de selecções (EURO 2004). Depois, vimo-lo no Mundial 2006 onde marcou o seu primeiro golo pela selecção numa grande competição. Em 2008 e 2010 voltou a estar presente e com estatuto de titular, depois do abandono de Luís Figo. Em bom nível.

A verdade é que Portugal vê mais um experiente jogador abandonar a equipa. No entanto, não há grande caso para alarme. Quaresma volta a "reclamar" por um lugar na selecção depois das grandes exibições na selecção, Varela e Nani jogam o que toda a gente já viu e ainda há Danny para se bater por um lugar. Depois há Ronaldo que para mim não era convocado, mas toda a gente lhe vai dando "amen's" como se ele se esforçasse muito. Só em Portugal. A verdade é que extremos não faltam e abrir uma posição para alguém mais jovem acaba por beneficiar a selecção. Tenho pena pela sua experiência.

Adeus Simão e muito obrigado!

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