terça-feira, 24 de agosto de 2010

Mágico Braga!


Super-Braga europeu, Braga heróico, Mágico Braga, ou qualquer outra coisa deverão encher as capas dos jornais desportivos de amanhã. O Braga portou-se como um grande, eliminou um grande do futebol europeu e jogou a um nível de gigante. Jogou com um calor demoníaco, num ambiente hostil e perante uma equipa de milhões, enquanto que a do Braga é, no papel, uma equipa de milhares. Apenas no papel, claro. Olhou nos olhos uma equipa de topo europeu, encarou-a com toda a coragem e mostrou-lhe a força portuguesa, sim, porque hoje o Braga representava Portugal e os portugueses tornaram-se bracarenses. Numa noite mágica para Portugal, o Braga eliminou o Sevilha, Portugal ultrapassou Espanha; mais do que isso, é uma lição para os espanhóis, que antes mesmo da primeira mão, já davam a eliminatória garantida (a boa maneira espanhola).

Pois bem, favoritismo foi coisa que não existiu, pois os minhotos souberam contrariar essa tendência. E hoje a equipa de Domingos entrou aguerrida como sempre, com algum temor no início mas logo apagado ao fim de 15/20 minutos. Aí, a equipa despertou, acordou do susto inicial e começou a accionar os seus habituais mecanismos e o seu tenebroso contra-ataque. Cada vez que Matheus arrancava, era um "Ai Jesus!" para os defesas sevilhanos que se viam gregos para o travar. Pura e simplesmente, não conseguiam. E Domingos percebeu isso e começou a explorar esse ponto fraco. As bolas lançadas por Elderson, Sílvio ou Salino (Vandinho errou alguns passes na primeira parte e Aguiar esteve em baixo rendimento, muito nervoso) eram sempre perigosas e o trio da frente tratava de assustar; até que Elderson tocou para Moisés, largou para Paulo César que foi por ali fora, rematou e Palop não conseguiu agarrar. Pois, mas não conseguindo corre-se o risco de levar com...MATHEUS! O inevitável Matheus marcou e calou o Sanchez Pijuán.

O Braga ficou tranquilo e o Sevilha nervosíssimo e agora questão era "Que favoritismo?" Nenhum por parte do Sevilha, todo pelo lado do Braga. Depois, grande segunda parte. Heróica, histórica, com verdadeiro espírito guerreiro. Não há palavras para descrever esta equipa, esta noite, tudo. Braga, Braga, Braga, não me canso de repetir. Temos mais um grande. Alguma dúvida? É bom que não haja.

Agora, tal como Domingos disse, não há objectivos. E os jogadores merecem apanhas as trutas, jogar em grandes palcos como Old Trafford ou Santiago Bernabéu. Ou nos dois. Qualquer coisa grande. Porque grandes já eles são, só precisam de palcos ainda maiores. Parabéns Mágico Braga!

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