sexta-feira, 2 de setembro de 2011

Último dia: o “reforço” Álvaro Pereira



A partir do momento em que Radamel Falcão foi vendido ao Atlético de Madrid, logo se especulou acerca do novo ponta-de-lança do FC Porto. Leandro Damião, Pavlyuchenko, Lukaku (envolvido no negócio Álvaro Pereira), Vagner Love, entre outros, foram os nomes mais sonantes atirados para os jornais, que acabaram por falhar nas apostas e viram os dragões não contratar ninguém.

De facto, a única novidade dos últimos dias de mercado foi a manutenção de Álvaro Pereira no plantel, abortadas as negociações com o Chelsea de André Villas-Boas, que não aceitaram pagar o valor da cláusula de rescisão do uruguaio, no valor de 30M€. Por outro lado, salta à vista a falta de um ponta-de-lança de créditos firmados. Não tenho dúvidas do valor de Kléber (já sobre Walter, o caso pode mudar de figura) mas a verdade é que, como qualquer jogador jovem que nunca representou um grande clube, o brasileiro precisa de um tempo de adaptação calmo e não ser logo “atirado aos leões”. Para uma Liga dos Campeões, por exemplo, o jogador terá dificuldades em ser um titular eficaz. Vejo Kléber um pouco como James, a precisar de um ano de adaptação para depois poder explodir e a verdade é que ser titular mal se chega ao clube não o pode beneficiar de todo, devido à enorme pressão a que será sujeito.

Acho realmente que os dragões fizeram mal em não ir ao mercado buscar mais um avançado, libertando Walter por empréstimo para poder jogar mais. Porque se a ideia é adaptar Hulk, acho que é pior ainda, uma vez que assim o FC Porto estaria a mexer não em uma mas sim em duas posições ao mesmo tempo, deslocando Hulk da ala (onde explora da melhor forma as suas características – leia-se explosão, drible e fortes diagonais).


Veremos como consegue Vítor Pereira gerir a equipa, órfã de Falcão mas com ‘Palito’ preparado para voltar à equipa.

"Desertou!"


O jogo de hoje frente ao Chipre veio numa altura aparentemente atribulada, uma vez que o chamado “Caso Ricardo Carvalho” não passou em claro aos adeptos do futebol nacional. Como Paulo Bento disse, Ricardo desertou, ao que parece por não ter ficado satisfeito com a confirmada condição de suplente frente ao conjunto cipriota.

Sinceramente, podia esperar isso de qualquer jogador menos do jogador em questão. Ricardo era tido como um exemplo, um jogador que eu sempre admirei imenso, quer na selecção quer nos clubes por onde passou, um líder pela experiência, pela luta dentro de campo, pela calma com que joga e, naturalmente, pela sua grande qualidade. Poderá fazer muita falta à selecção nacional como qualquer grande jogador faz em qualquer selecção deste Mundo.

Por outro lado, só fazem falta os que estão de corpo e alma na selecção. Ricardo não compreendeu uma decisão do treinador e foi-se embora. Obviamente, para sempre. Porque qualquer seleccionador não quererá um jogador que toma uma atitude deste género, que vira as costas ao país, que se vai embora por ser suplente no seu país. Não há lugares cativos na selecção portuguesa e só o facto de se ser convocado já deve ser motivo de orgulho. Ricardo não percebeu isso e foi embora. Adeus e até sempre!

Por fim, o jogo. Uma goleada sem empolgar mas, no fundo, o que se pedia. Uma vitória gorda por 4-0, apenas conseguida nos últimos sete minutos da partida, onde Portugal acordou e marcou três golos, depois do ‘penalty’ de CR na primeira parte, por intermédio de Ronaldo, Hugo Almeida e Danny. Líderes do grupo H e sem falta de Carvalho.