sexta-feira, 10 de dezembro de 2010

Observando a Europa: Valência


O Valência de Unai Emery tem sido uma equipa irregular ao longo dos meses de estadia do treinador turco. No entanto, a equipa tem mostrado bom futebol e nos últimos dois jogos (Real e Manchester United, ambos fora e para competições diferentes) parece que algo mais poderia ter sido conseguido.

Ao ver o Valência jogar, percebo que o plantel é vasto em opções do meio-campo para a frente (e na baliza também está muito bem servido). Parte de um 4x2x3x1 (normalmente), transformando-se este num 4x4x2 a atacar e num 4x4x1x1 a defender, recuando os alas para formar uma segunda linha de quatro homens, juntando-se a Albelda e Banega (normalmente são estes os dois médios a jogar à frente da defesa). A equipa é bem organizada; o onze-base é: César (guarda-redes que foi campeão europeu pelo Real de Zidane e Figo); Miguel; Ricardo Costa; Stankevicius; Mathieu; Albelda; Banega; Mata; Joaquín; Pablo Hernandez; Aduriz. No banco, há opções como Maduro (médio-defensivo adaptado a central no Valência), Tino Costa, Manuel Fernandes, Dominguez, Jordi Alba, Soldado ou Feghouli (jovem que vai fazer 21 anos dia 26 deste mês e que é muito rápido, tecnicista e não se limita a defender, ajudando na defesa e fazendo pressão alta, tirando igualmente bons cruzamentos e com grande margem de progressão - na foto).

No entanto, a lacuna visível aos olhos de qualquer observador de futebol reside no centro da defesa. A equipa espanhola actua com o titularíssimo Ricardo Costa e roda o jogador que o acompanha: ora Maduro, ora Stankevicius, ora Dealbert. Sinceramente, não me parece a melhor opção por três razões: a primeira tem a ver com o facto de esta rodagem não trazer estabilidade à equipa num ponto tão importante da equipa; depois, Maduro não é central e fica bem melhor como pivot; por fim, parece-me que a qualquer um dos quatro centrais (incluindo o português) falta velocidade e isso acaba por prejudicar claramente a equipa.

Desta forma, acho que o ataque no mercado de Janeiro deverá dar prioridade a um central veloz e que tenha alguma técnica. Por esta altura, o mercado brasileiro abre-se aos clubes europeus e parece-me óbvio que quer Réver (At.Mineiro) quer Miranda (São Paulo) quer Dedé (Vasco) são opções mais do que boas para o treinador Emery. A rever.

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