sexta-feira, 4 de dezembro de 2009

Grupo da morte será o nosso!

Portugal está no Grupo G do Mundial 2010 FIFA, a realizar-se na África do Sul. Brasil, Costa do Marfim e Coreia do Norte serão os nossos companheiros, num grupo em que só falta trocar os africanos pela Hungria para se formar o grupo de 66.

O grupo da morte deste Mundial de futebol é o nosso. E, de facto, dificuldades avizinham-se neste Junho próximo. Até lá, e no estágio de um mês antes do Campeonato que reunirá 32 selecções, há tempo para formar uma Equipa. "E" grande. Porque até agora, várias equipas foram formadas. Está na altura da grande Equipa. Equipa na qual poucas dúvidas há e estas serão dissipadas em Maio.

Os adversários vêm de diferentes continentes: América do Sul, África e Ásia "oferecem-nos" adversários e destes três apenas o asiático foi simpático nas ofertas.

Começando pela análise ao Brasil, é, sem dúvida, a equipa mais forte deste grupo G. Com, provavelmente, o melhor guarda-redes brasileiro de todos os tempos, Júlio César; como suplentes, Helton e Doni são os prováveis mas Gomes também espreita um lugar. Nas laterais, dois dos melhores do Mundo: Dani Alves, na direita, sua favorita e Maicon, adaptado à esquerda na selecção; há, ainda, Fábio Aurélio do Liverpool. No centro, Lúcio e Juan compõe uma dupla que não é certa. Apenas o jogador do Inter é titular indiscutível. Juan luta com luisão, Cris e Naldo por uma vaga no onze da equipa canarinha.

No meio-campo, a dúvida é saber quem e para quantos lugares. Um meio-campo em que as dores de cabeça são daquelas bem agradáveis. Perfilam-se como candidatos, Michael Bastos(Lyon), Felipe Melo(Juventus), Gilberto Silva(Panathinaikos), Ramires, Ronaldinho, Julio Baptista(Roma), Josué(Wolfsburgo) ou Lucas Leiva(Liverpool), para além dos já certos Elano(Galatasaray), Diego e Kaka. Ronaldinho está em cada vez melhor forma e pode ser surpresa na selecção. Depois, Ramires, Felipe Melo, Gilberto Silva e Julio Baptista são fortes candidatos. Quanto a Michael Bastos, Lucas e Josué, depende do que fizerem no resto do ano nos seus clubes.

No ataque moram mais alguns craques. Robinho, Luís Fabiano e Nilmar têm lugar garantido na África do Sul e podem ver na sua companhia, o "Imperador" Adriano e talvez mais alguém, fruto de alguma mudança nas habituais convocatórias brasileiras (8 defesas, 8 médios e 4 avançados). Se houver 5 avançados presentes, talvez esse 5º possa ser Hulk ou então Carlos Eduardo, do Hoffenheim (ambos presentes na convocatória para os particulares com Inglaterra e Omã). O treinador Dunga, muito contestado ao início, tem agora tranquilidade e equipa suficiente para fazer um Campeonato Mundial rumo ao estrelato.


Vinda de África, está no grupo a melhor selecção deste continente negro. Costa do Marfim, comandada por Vahid Halilhodzic. Terá como teste a CAN, onde estará no grupo do Gana.

Esta Costa do Marfim é uma selecção como talvez nunca se tenha visto em África. Drogba, Yaya Touré, Zokora ou Salomon Kalou passeiam-se pelos relvados africanos quando representam esta selecção. Outros como Kolo Touré, Boka, Kader Keita ou Aruna Dindane pertencem a esta mesma selecção. Juntando-lhes Eboue, Shaka Tiéné ou Meité forma-se uma selecção de belíssima qualidade, capaz de criar dificuldades a Portugal e mesmo ao Brasil. Na baliza mora Boubacar, guarda-redes do Lokeren, clube do meio da tabela do campeonato belga.

Os marfinenses têm a sua maior fraqueza na defesa: na baliza, um guarda-redes inexperiente; nas laterais, laterais que atacam muito, são de boa qualidade nesse papel, mas defendem pouco; no centro, Touré e Meité chegam para as encomendas africanas mas falta saber se num grupo desta qualidade terão capacidade para parar os avançados contrários. É nas laterais que Portugal tem de saber tirar proveito, utilizando jogadores como Ronaldo, Nani ou Simão (e Quaresma ou Danny, provavelmente). Exige-se, portanto, que no 1º jogo do Mundial, Queiroz entre em 4x3x3 bem aberto nas alas.

No meio-campo, esta selecção está bem e recomenda-se. Zokora e Yaya Touré fazem uma dupla de respeito, juntando-se-lhes Tiené ou Gervinho, sendo essa a grande dúvida na selecção marfinense. Depois, nas alas, Kalou e Keita, com Aruna Dindane à espreita, fazem companhia à estrela da companhia: Didier Drogba, capitão e estrela da equipa. É aqui que residem os maiores perigos da Costa do Marfim. Mas vejamos: Portugal, depois de enfrentar o ataque bósnio, de grande qualidade, e não sofrer um único golo, pode perfeitamente parar o ataque marfinense. Ricardo Carvalho, Bruno Alves, Bosingwa, Pepe impõem respeito a qualquer avançado mundial.

Na Coreia do Norte mora o outro adversário da selecção nacional. Pouco se sabe sobre esta equipa asiática, que ultrapassou uma fase de 16 jogos de qualificação. 20 meses foi a duração. Desta equipa, cerca de dois terços jogam na própria Coreia do Norte, onde o atacante Yong Ho-Jo é a principal estrela, jogando no Rostov da Rússia. Forma dupla com Jong Tae-Se, jogador veloz que pode criar alguns problemas na faixa esquerda da defesa nacional. Actua no futebol japonês. Mas é a defesa coreana que nos pode criar problemas: esta equipa defende muito, e defende bem, sobretudo. Pode ser daqueles jogos em que o golo parece não chegar nunca, nem que se jogassem 180 minutos. Portugal terá de ter paciência e inteligência neste jogo, algo semelhante ao jogo com a Hungria. Resta esperar pelo mesmo resultado.


Resumindo, Portugal, se quer ser considerado como forte candidato, vê-se na obrigação de vencer o grupo. é escusado queixarmo-nos de queixar. Para podermos ser campeões, temos de vencer melhores. Tal como disse Hierro e tal como disse Beckham. Essa mentalidade dos coitadinhos não pode ser encarada por uma selecção que quer vencer o Mundial. Portanto, venha o Brasil, venha a Costa do Marfim e a Coreia do Norte, que a obrigação é sempre a mesma: vencer o jogo. Portugal tem equipa para ganhar. É preciso ser-se inteligente. Que o sejamos, então!

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