domingo, 8 de novembro de 2009

Vitória-Braga... Mais do que um jogo, um derby

Ontem, foi dia de derby em Portugal. Não, não houve um FC Porto-Benfica ou um Benfica-Sporting, mas foi um derby que toma proporções grandiosas quando um dos dois clubes minhotos é líder. Vitória de Guimarães vs Sporting de Braga. Este ano, olhado de forma mais séria por muita gente, visto estar presente a única equipa (até ontem) que era imbatível no campeonato: o Braga.

Ambos recusaram favoritismo. De facto, quando há derby, não há favoritos. Ainda para mais, sendo em Guimarães. O Vitória ainda não tinha ganho com Paulo Sérgio; empatou com o Sporting e perdeu em Coimbra. Não havia melhor altura para a vitória. A primeira batalha ganha por Paulo Sérgio, foi a anulação de Alan: Sereno ocupou a faixa esquerda da defesa e conseguiu desta maneira (que jogo brilhante de Sereno!) controlar a ala direita do Braga - a mais forte dos arsenalistas.

Depois, um jogo seguro de Andrezinho e mais um grande jogo de Nuno Assis, levaram a que o Vitória metesse respeito aos pupilos de Domingos. Na área, Roberto era presença incómoda para Rodriguez e Moisés. O Vitória jogou muito melhor na 1ªparte: Logo aos 12 minutos, se não fosse a intervenção preciosa de Ney, os vimaranenses estariam em vantagem. Targino (que bom estar de regresso ao nosso campeonato...) passou por dois jogadores, cruzou direitinho a Nuno Assis que rematou para ligeiro desvio de Ney. Primeiro grande perigo; Aos 15', Desmarets pôs de sobreaviso Eduardo; Dois minutos depois foi Roberto, com um grande cabeceamento, a cheirar o golo.

Apenas aos 29' o Braga deu sinal de vida. Mossoro cabeceou à trave, depois de boa jogada de equipa. Estava em fora-de-jogo, no entanto. E apenas um minuto depois, na resposta dos anfitriões, Nuno Assis cruzou largo da direita e Desmarets, aquele que outrora foi motorista em França, fuzilou Eduardo com o pé esquerdo. Correu, correu e correu de alegria. O Vitória vencia e o D.Afonso Henriques animava-se. O ambiente ainda foi mais difícil para os bracarenses. Dois mil adeptos foram sufocados pela multidão de Guimarães. A partir daí, começou-se finalmente a ver o Braga normal. O Braga que nos habituou a boas exibições. Até aos 60' equilibrou. A partir daí, dominou. Partiu para cima do Vitória, mas sem efeitos práticos.

Paulo Sérgio ganhou a Domingos. Porque esta batalha teve muito a ver com o aspecto táctico. O ex-treinador do Paços, viu em Sereno a solução ideal para parar Alan. Além disso, Sereno é um central por natureza, ou seja, os movimentos ofensivos do Vitória tiveram sempre a participação de Andrezinho e quase nunca a de Sereno, que passava a ser 3º central no momento do ataque. Depois, Meireles e João Alves davam a consistência necessária para parar Hugo Viana e Mossoro, e depois Targino, Desmarets e Nuno Assis jogaram bem em equipa, trocaram muito bem a bola e imprimiram grande velocidade ao jogo. O Braga, habituado a mandar, passou a ser empurrado para o seu meio-campo, o que não permitiu na primeira meia-hora as habituais "brincadeiras" de Alan, Mossoro ou Paulo César. Os arsenalistas viram-se confusos. O Vitória abrandou depois do golo e depois tomou as cautelas necessárias para a segurança do resultado.

No final, 1-0 e a certeza de que ninguém é invencível.

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