sexta-feira, 29 de outubro de 2010

Observando o Brasil: Valdivia



Valdivia é aquele tipo de jogar que, em forma, dá prazer de ver jogar. Aquele jogador capaz de levar adeptos ao estádio para o ver, aquele jogador que consegue fintar quem quer quando está inspirado. Faz-me confusão ver como passou ao lado de uma carreira que podia ter sido grande mas que quase se limitou à América do Sul.

"El Mago" chileno tem 27 anos e tem um físico frágil (1,73m e 71kg). Começou a carreira na Universidad Comcépcion em 2003 (quando tinha 20 anos) e fez sete golos em trinta jogos. Foi emprestado ao Rayo Vallecano na sua primeira experiência na Europa mas em seis meses apenas fez cinco jogos, marcando um golo. No fim de 2003/2004 foi emprestado ao Servette para a época seguinte e voltou a ser pouco utilizado (nove jogos, dois golos). Então, fartou-se de empréstimos e achou por bem regressar ao seu país, onde teve um convite do poderoso Colo-Colo (que ganhou a corrida a River Plate e Boca Juniors). Depois de ganhar o Apertura chileno 2006, saiu para o Palmeiras, que pagou por ele 8M de reais (a contratação mais cara da história do "Verdão").

No Brasil, brilhou. Entre Agosto de 2006 e Agosto de 2008, o chileno fez 93 jogos e marcou 24 golos. Mas eis que a situação do Palmeiras começou-se a complicar e Valdivia teve imensas propostas para sair do clube. Bremen, Hertha, Espanhol foram alguns dos clubes que correram atrás do chileno. Estranhamente, foi o Al-Ain (Emirados Árabes Unidos) a conseguir a sua contratação pois a proposta foi mais vantajosa para o Palmeiras. Regressou em 2010 e mesmo sem estar em condições físicas decentes, tem jogado bem e mostrado qualidades.

É um jogador muito tecnicista e cerebral, que sabe muito bem os ritmos a impor nos vários momentos de um jogo. É muito inteligente, passa muito bem a bola e tanto joga como "meia", como segundo avançado (ao lado de Kléber), como ala. Faz as três posições com muita qualidade. Ocupa muito bem os espaços, mostrando cultura táctica que poucos jogadores sul-americanos têm. É um craque.

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