quinta-feira, 15 de outubro de 2009

Siga-se o play-off, meus amigos!

Portugal está finalmente apurado para o play-off de apuramento para o Mundial 2010. Agora sim, é real. Mas Portugal bem poderia ter evitado tanta aflição e tão mau lugar.

Portugal partia como favorito a uma vitória no grupo. Claro favorito, que teria dois escandinavos como adversários. Suécia e Dinamarca. Todos temiam a selecção de Ibrahimovic mas foram os dinamarqueses que nos passaram a perna.
Podemos pensar, claro, que se Portugal tivesse ganho em casa á Dinamarca, estávamos apurados. Mas o futebol não é feito de "se"'s e agora encaramos o play-off como a solução menos má.

Depois de abrir o apuramento a ganhar em Malta por 4-0, Portugal passou pelo primeiro dissabor ao ser derrotado pela Dinamarca, 2-3. Uma catástrofe vista a maneira como esta derrota se processou. Na Suécia, o empate a 0 foi visto como bom. O problema foi depois. Dois 0-0 em casa, frente a Albânia e a suecos.

Mas depois, a vitória em Tirana relançou Portugal no encalço do apuramento. Aquele golo no último segundo de Bruno Alves, aquele frango do guarda-redes albanês, levou Portugal à renovação da esperança. Restava agora ganhar os 4 jogos. Mas um empate na Dinamarca, colocou-nos a depender da Suécia e dos seus precalços para conseguir o play-off. Em Malta, quase que acontecia. Aos 81 minutos, um auto-golo do capitão maltês Azzipardi, deu os 3 pontos à Suéciae adiou a passagem de Portugal (que venceu na Hungria) para 2º. Essa passagem deu-se no último sábado. Na Luz, Portugal resolveu tirar a barriga de misérias e vencer por 3-0, uma Hungria que se viu envolvida na luta pelo apuramento graças a um calendário que concentrou os jogos mais fáceis logoao início.
A Suécia foi derrotada na Dinamarca. E Portugal festejou. Estamos no play-off.

Agora, quem escolher? Difícil, muito difícil.

Olhando para Ucrânia, Bósnia, Irlanda ou Eslovénia, vemos adversidades em qualquer uma delas.

Começando pelos ucranianos, Shevchenko parece estar de regresso, formando dupla de respeito com Milevskyi. É preciso lembrar também que esta Ucrânia eliminou a Croácia do Mundial. Ganhou à Inglaterra por 1-0 e agora vê-se não cabeça-de-série.
O ambiente ucraniano é muito hostil e as condições climatéricas não são as melhores.
Para muitos comentadores de futeobl, será o principal adversário a evitar.

Depois, temos a Bósnia. A Bósnia que não é tão fácil quanto parece. Para mim, é tão ou mais forte do que a Ucrânia. Aquele ataque, constituído por Dzeko, Ibisevic, Misimovic e Pjanic (Lyon) mete respeito a qualquer um. Com apenas menos 3 golos marcados do que a Espanha, a Bósnia tem em Dzeko a principal estrela. Marcou 9 golos na fase de qualificação e promete a fazer a cabeça de Ricardo Carvalho em água. Com um assistente como Misimovic, a dupla do Wolfsburgo pode fazer muitos estragos. Além disso, é também um ambiente muito muito difícil, com adeptos fanáticos, tipicamente balcã.

Quanto à Irlanda, é de ter muito medo. Não é que tenha grandes individualidades, mas tem um fortíssimo colectivo. Equipa que foi europeizada pela "Velha Raposa" Giovanni Trapattoni, não perdeu um (!) único jogo na fase de apuramento. Em dois jogos com a Itália, dois empates. Um deles, na Irlanda, sofrido no último minuto. Tem uma forte defesa, sofrendo uma média inferior a 1 golo por jogo. O guarda-redes Shay Given e Robbie Keane são as principais estrelas desta selecção. Para mim, o mais difícil dos quatro possiveis.

A Eslovénia era o que eu queria. Apesar do clima e do ambiente, a Eslovénia é bastante inferior a Portugal. Tem uma defesa muito forte, com 4 golos sofridos, mas no ataque tem algumas dificuldades de transição, podendo ser facilmente dominada pelo meio-campo português (sobretudo se jogarmos em losango). Novakovic, ponta-de-lança, é a grande estrela desta equipa (5 golos na qualificação).

Segunda veremos quem nos sai. Zurique, a palavra é vossa.

Sem comentários:

Enviar um comentário