sábado, 18 de setembro de 2010

A questão Mourinho - A solução ideal?


Por estes dias muito se fala da possibilidade de José Mourinho vir treinar a selecção de todos nós nos próximos dois jogos de qualificação. Ele quer vir, Madaíl quer que ele venha e se dependesse apenas deles, Mourinho estaria de bom grado a treinar-nos frente a Dinamarca e Islândia, percebendo a situação urgente. Mas há outro interveniente na questão que, claro está, não achou piada à ideia: Florentino Pérez.

Se eu fosse Florentino Pérez deixava Moutinho vir. Como o próprio diz, estar ou não estar em Madrid durante os dias em que as selecções internacionais actuam, é a mesma coisa visto que (quase) não tem jogadores para treinar. Mas se fosse Madaíl, não escolheria Mourinho. Não acredito em milagres. E não faz sentido vir com a história da urgência. Porque há treinadores no desemprego, treinadores mais fáceis de aceder do que Mourinho e que também viriam a correr para a selecção portuguesa. Até treinadores estrangeiros. Mas não, Madaíl, em mais um dos seus rasgos de inteligência, quis ir pedir a Mourinho para vir treinar Portugal durante... dois jogos.

O que Portugal precisa é de estabilidade. E a estabilidade não se consegue tendo agora um treinador, depois outro e depois outro para completar a qualificação. Isso pode acontecer na Lituânia, na Letónia ou na China, mas estamos a falar de uma das melhores selecções do Mundo, onde essas coisas não têm cabimento. E, mesmo que agora contrate outro definitivamente (seja ele Paulo Bento ou seja quem fôr), Madaíl passou um atestado de incompetência aos restantes nomes falados para treinar o nosso país. Pois parece que apenas e só Mourinho consegue recuperar a selecção, consegue dar um rumo a um grupo de grandes jogadores contra duas selecções inferiores (Dinamarca e Islândia são inferiores e ponto final). Ou seja, cometeu um grande risco que foi completamente desnecessário. Pois era quase óbvio que Florentino iria recusar e que há treinadores perfeitamente ao alcance de Portugal com qualidade.

Não condeno Mourinho, pois este apenas quis fazer o serviço que lhe estavam a pedir em nome do país. Mourinho na selecção? Sim, sem dúvida. Mas esta era uma situação de circunstância, um trabalho em part-time e sem sentido. Madaíl está cada vez mais queimado aos olhos do povo e a sua não-demissão é muito triste para o futebol português. Haja quem ponha mão nos homens da Federação!

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