sexta-feira, 24 de junho de 2011

Saída de André Villas-Boas


Esta semana, o futebol português foi abalado pela notícia da saída de André Villas-Boas, que de treinador do FC Porto passou para treinador do Chelsea. O “Special Too” (também especial, em português) regressa ao clube inglês (agora como treinador principal) e acaba por se tornar, aos olhos dos adeptos portistas, um traidor. Mas o “traidor” vai receber 5 milhões de euros por ano, dinheiro que os dragões nunca poderiam pagar ao jovem treinador português.

Apesar de tudo, estou de acordo com aqueles que dizem que era escusado Villas-Boas andar a cantar aos sete ventos que nunca abdicaria de livre vontade da cadeira principal no banco do Porto, que não sairia dos dragões por motivo algum e que, sendo portista desde pequenino, era natural achar esta a melhor cadeira do mundo. Por 5M€ por três épocas (ou seja, 15 milhões de euros), André Villas-Boas mudou o seu discurso, passou a poder abdicar dessa mesma cadeira de sonho e correu para o Chelsea, ex-clube do seu ex-tutor. Como o próprio disse, o sentimento de traição é normalíssimo entre os adeptos portistas.

Quanto ao clube em si, o Chelsea precisa de alguns novos jogadores mas não numa revolução, ao contrário do que se fala. O Chelsea não é o Sporting, diga-se de passagem. Lampard não é Zapater, e por aí fora. Mas concordo que necessita de algumas contratações. Falcão, Subotic ou Hazard seriam boas opções para o clube londrino.

Por fim, em relação ao clube azul-e-branco, é bom que os adeptos benfiquistas e sportinguistas não deitem foguetes antes da festa; mesmo que Falcão e Moutinho saiam. O FCP é uma das equipas com melhor capacidade para se regenerar quando acontecem situações deste género e, ao longo dos anos, os dragões conseguiram ir-se renovando com qualidade e eficácia. É verdade que a saída de Villas-Boas abalou indiscutivelmente o plantel portista; mas, mesmo assim, não faz sentido cantar vitória antes do tempo.

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