domingo, 28 de março de 2010

O caminho para o título


O título é esclarecedor. Ontem, o Benfica não deu apenas mais um passo para a conquista do título de campeão nacional que já lhe escapa há quatro épocas (todas dominadas pelo rival da Invicta); deu um passo gigante, tão gigante como a o homem que marcou o golo que decidiu a partida de ontem (Luisão; depois de Torres, há de novo um “bom gigante” nos lados da Luz). A grande diferença desta equipa para outras de anos anteriores, é que se tem visto um Benfica constante ao longo da época e que nas alturas certas não falha. Foi assim na Luz contra FC Porto e Braga, e assim foi também em Marselha. Não foi o Benfica vistoso como é habitual, mas há momentos em que as equipas têm de ser racionais (repare-se no jogo da primeira mão dos oitavos-de-final da Liga Europa, quando o Benfica tinha eliminatória na mão, sofreu um golo aos 90 minutos porque simplesmente se recusou a parar o se jogo ofensivo), e cabeça foi o que não faltou aos encarnados na partida de ontem. Marcou em cima do intervalo, de novo por Luisão (a fazer lembrar 2004/05), e depois procurou o segundo na primeira metade da 2ªparte. A partir daí, “resignou-se” ao 1-0, lutou para controlar (e fê-lo) e acabou com os três pontos na mão, que acabam por ser muito mais do que apenas três pontos. São três pontos, somados a uma derrota do Braga (ou seja, alargar a vantagem para seis preciosos pontos) e ainda a um enorme balão de confiança para os quartos da Liga Europa contra o Liverpool.

No que ao jogo diz respeito, não foi um grande jogo. Muito se pensou e jogou nos bancos. Batalhas tácticas, normalmente não se traduzem em jogos fabulosos, e poucas oportunidades foram criadas ao longo do jogo. Boa saída de Eduardo aos pés de Saviola e depois o golo em cima do intervalo. Limpo, pois a bola bate nos joelhos do capitão do Benfica. Isso deu enorme descanso aos anfitriões, que acalmaram, ficaram muito menos ansiosos (é normal, o mais difícil tinha sido conseguido naquele momento) e descontraíram. Procuraram aumentar a vantagem mas depois preferiram resguardar-se. Aos 69 minutos surgiu a melhor oportunidade para os bracarenses, com a cabeçada de Moisés, após livre de Aguiar, a rasar o poste da baliza de Quim. Assustou a Luz, mas não a apagou e os visitados continuaram a vencer. Depois, alguns lances com relativo perigo para a baliza de Eduardo e chegou o fim do jogo com a vitória a pertencer aos líderes do campeonato.

O Benfica está forte. O caminho para o título está definido. Seis pontos não é decisivo; mas é bom. Perdendo no Dragão e empatando em casa com o Sporting, são campeões na mesma. Tudo está bem encaminhado. Só falta um bocadinho…

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