segunda-feira, 21 de fevereiro de 2011

Para onde vai o nosso futebol?


Hoje falo de algo mais abrangente. O estado das camadas jovens do futebol português. E a verdade é que me entristece ver para onde caminha o nosso futebol, onde já se apostou imenso nas camadas jovens e, cada vez mais, se verifica uma aposta em jovens estrangeiros.

Isso torna cada vez mais difícil fazer a tão propalada "revolução de gerações" e acaba por levar a muito maiores custos na formação dos jovens. Até há poucos anos atrás, as equipas compravam séniores mas não jovens. Agora até nos juvenis e nos juniores se verifica aposta em jogadores estrangeiros, "estrangulando a produção interna". Daí vermos tantas dificuldades para conseguir resultados bons nas camadas jovens, daí vermos tanta dificuldade em não olhar para ex-juniores com a velha frase do "é um miúdo, tem de ser emprestado".

Talvez a crise mude a situação do futebol português. Talvez a crise leve a que haja maior aposta nos miúdos portugueses que tanto talento têm para jogar à bola. Talvez a crise leve a um apertar de cinto e, consequentemente, a uma maior aposta em jogadores portugueses que não custem balúrdios. Assim, talvez deixemos de ver tantos salários em atraso, clubes em falência técnica e outros a terem tanto de apertar o cinto que parem nas distritais.

Afinal de contas, como apareceram Figo, Ronaldo, Quaresma, Simão ou Ricardo Carvalho? Apostando nos jovens. Assim tem de ser. Portugal tem uma grande selecção. E esta apenas existe porque apostámos, na altura, nesses jogadores. Porquê deixar de se manter uma linha portuguesa? Não percebo... Desejo apenas que os clubes acordem.

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