quinta-feira, 24 de junho de 2010

As esperanças para amanhã

Vejo a Itália ser eliminada aos pés de uma fraca Eslováquia, que ao jogar com Nova Zelândia e Paraguai sentiu enormes dificuldades para conseguir ganhar (não o conseguindo), e que acabou por vencer a campeã do Mundo de 2006. De facto, os dois finalistas de 2006, já foram "de vela" nesta fase de grupos. Dois candidatos à conquista do Mundial eliminados na fase de grupos e ainda com a possibilidade de haver mais um (Espanha). Ainda outro nos oitavos-de-final (Inglaterra ou Alemanha e se a Espanha passar, Espanha, Portugal ou Brasil). Continuam as surpresas.

Mas o que me traz hoje ao blog são os jogos de amanhã. Começando, naturalmente, pelo Portugal-Brasil, este é o jogo mais aguardado da fase de grupos e, como se previa antes do início da competição, o jogo que decidirá quem fica em 1º e 2º lugar do grupo (sim, porque eu não acredito no impossível). Um jogo que não vai contar com Kaká, Deco e, em princípio, com Elano. Três belíssimos jogadores que fazem com que o espectáculo perca qualquer coisa de mais genial. Ronaldo deve começar no banco e talvez Ramires jogue, um motivo de interesse maior para os benfiquistas. Mas o que importa é que Portugal jogue bem, defenda como tem feito até aqui e ataque como no último jogo. Apenas o último ponto parece mais complicado, mas tudo se arranja.

Em relação ao nível defensivo, não tenho grandes receios, pois temos uma grande defesa, grande dupla de centrais, um "novo" bom lateral-esquerdo, um lateral-direito que defende bem (no caso de Paulo Ferreira jogar) e um guarda-redes, que não sendo super, tem cumprido sempre que é chamado à selecção, transmitindo imensa segurança para o campo e para a bancada. O problema não é o sector mais recuado, como todos sabem. É o ataque, o qual deverá ser composto por Danny, Simão e Hugo Almeida (regressado aos golos na selecção de todos nós). Ninguém pede 7, óbvio, mas se ganharmos 1-0, já todos ficam contentes. No meio-campo, fala-se em Veloso para descansar Meireles e não deverá haver aí um grande problema (apesar de, claro, Meireles ser um excelente médio). Mas estou confiante.


O Brasil vai jogar com calma, ainda para mais sem Kaká para pensar o jogo da equipa (pode estar em baixo de forma mas a capacidade de pensar o jogo não muda). É preciso perceber que o Brasil a nada mais está obrigado senão empatar o jogo para ficar em 1º no grupo. Com Ramires ou Daniel Alves no lugar de Elano e com Júlio Baptista no lugar de Kaká, o Brasil não terá tanta rapidez de movimentos (o que é diferente de rapidez dos jogadores) e, possivelmente, não terá tanta eficácia no passe. Para isso, será importante a acção dos médios trabalhadores de Portugal, a dupla leonina Pedro Mendes e Miguel Veloso, que terão a tarefa de vigiar não só Júlio Baptista, como também ajudar a "secar" Robinho. Portugal terá de canalizar o seu jogo pelas alas, pois é muito difícil penetrar pelo meio contra a defesa brasileira, com quatro homens muito fortes na marcação (Lúcio, Juan, Gilberto Silva e Felipe Melo, apesar de este, no movimento ofensivo, cair para a ala esquerda do miolo). Tem, então, de aproveitar o carácter ofensivo de Maicon e Bastos para criar desequilíbrios a partir das laterais do campo.


Quanto ao grupo H, todos dão como garantida a passagem da Espanha aos oitavos-de-final. Já não digo nada. Desde que vi França e Itália serem eliminadas, a Coreia do Sul ultrapassar a Grécia e Nigéria e os E.U.A. ganharem o grupo da Inglaterra, não faço previsões. Claro que o favoritismo é da Espanha. No entanto, as três (Uruguai, Argentina e Paraguai) equipas sul-americanas que já completaram a fase de grupos, acabaram todas em 1º lugar. E o Chile obviamente não vai querer ficar atrás e "basta-lhe" para isso um empate. E se a Espanha empatar e a Suíça ganhar às Honduras (muito provável), então teremos mais uma grande surpresa.

O que interessa, é que Portugal deve ganhar o seu jogo. Quer a Espanha fique em 1º, 2º ou 3º, Portugal tem de encarar o Brasil olhos-nos-olhos e tentar vencer o jogo. É o que se exige a um candidato ao título e é isso que Portugal é. FORÇA PORTUGAL!

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