domingo, 18 de abril de 2010

E o título aí tão perto


Aproximadamente 200km separam Lisboa de Coimbra. Mas hoje, o Estádio Cidade de Coimbra vestiu-se de vermelho, como se da Luz se tratasse. 25 mil ou talvez um pouco mais, foram ver uma partida de futebol; uma boa partida, diga-se. Um jogo aberto, com duas equipas que gostam de jogar futebol (há por aí várias que preferem sistemas defensivos) e gostam de o jogar de uma maneira bonita. Bons jogadores, um grande ambiente, um estádio quase cheio, e cinco golos para o adepto ver e apreciar na sua cadeira. Venceu a melhor equipa, o muito provável campeão nacional, mas a Académica mostrou a sua força, a sua qualidade e uma forte tentativa de roubar pontos aos encarnados.

Em relação ao jogo, o Benfica teve uma entrada muito forte: depois de várias aproximações à baliza academista, Weldon encontrou o caminho do golo e cabeceou ara a baliza. Nereu podia ter feito melhor mas não o fez e o líder adiantou-se no marcador logo no terceiro minuto de jogo. E tão importante esse golo foi, desorientando momentaneamente a equipa da casa e colocando alguma calma nos corações benfiquistas (de adeptos e, sobretudo, também de jogadores). Mas a Briosa não se rendeu. Lutou, esforçou-se, aproveitou a rapidez e técnica dos seus alas (Sougou, sempre ele, e João Ribeiro) e conseguiu rondar a baliza de Quim à passagem do minuto 10. Luiz Nunes cabeceou ao ângulo inferior mas Quim encarregou-se de evitar o golo do empate. Golo que acabou por acontecer no 29º minuto de jogo. Um remate de Diogo Gomes, desviado por um jogador dos visitantes, acabou por apenas parar nas redes à guarda de Quim. A Académica queria mais e fim da conversa.

Mas se essa era uma certeza, o resultado não era. Weldon, aos 38 minutos, fez um disparate já dentro da área, mas quatro minutos volvidos, depois de Di María ter dado cabo da defesa estudantil e cruzado para o golo de Cardozo; não marcou Tacuara, marcou Weldon, bisando na partida.

Chegava o intervalo e Villas Boas trocava João Ribeiro por Vouho. Não percebi muito bem esta substituição e Vouho não acrescentou propriamente muito à equipa. Nas bancadas, a festa ia-se fazendo dos dois lados com muitos insultos à mistura. Ao minuto 57, Cardozo saiu para entrar Carlos Martins e ambos foram muito aplaudidos pelos adeptos do Benfica. Um minuto depois, Éder cabeceou a rasar o poste e mais alguns minutos após esse cabeceamento, Carlos Martins atirou uma verdadeira bomba ao poste da baliza de Rui Nereu, que estava batido. Aos 78 minutos, lance duvidoso na área do Benfica com um suposto empurrão de Sidnei sobre David Luiz. A verdade é que Carlos Xistra nada assinalou e aos 80', chegava o golo da tranquilidade encarnada, fruto de mais uma jogada de Di María e de conclusão de Ruben Amorim. Para a história, ficou ainda o golo de Tiero, que apenas alimentou a esperança da Briosa mais alguns minutos. Chegou o fim, a festa encarnada e a festa nas bancadas. Quase campeão, pode-se dizer. Mas falta o quase.

Recepção apoteótica quando o autocarro chegou, despedida apoteótica quando os jogadores saíram de campo. Debaixo de cânticos de "Ninguém pára o Benfica" ou "Benfica campeão", os jogadores aplaudiram os adeptos, que tanto puxaram antes e depois do jogo. Tentativas de invasão de campo, cachecóis no ar e a festa instalada. No fim, declarações estranhas do presidente da Académica, a deixar alguns recados incompletos. Jesus disse o óbvio: este foi um passo muito importante rumo à conquista do título. Faltam quatro pontos; o título já está perto, muito perto...

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